segunda-feira, 23 de março de 2009

Nada como um por-do-sol atrás do outro


Sempre gostei de apreciar as grandes e colossais cenas que a natureza nos dá a cada dia. E desta paixão surguiu o desejo de poder preserva-las na memória através da fotografia. Hoje revirando as caixas encontrei um cd que julgava conter o mais expetacular momento que minhas lentes já registraram. Tratava-se de não mais que um por do sol especial, no paralelo 30. Era inverno, azimute baixo, sol mais inclinado que no resto do ano. Porto Alegre, terra de por do sol maravilhoso. Quando a imensa nuvem negra se forma do nada e avança sobre a cidade...

A grande questão é que a gente não escolhe cenas como estas. São elas que nos escolhem. Que definem a magnitude colossal do impacto que através delas, vamos dar aos outros. Com fotos assim as pessoas a nossa volta ficam admiradas. Mas não há merito algum em fotografá-las. O show é todo divino. Não há tecnica especial não há luz controlada. Meros e parcos ajustes na exposição e elas se revelam assim: Espetaculares.

E quando a foto já está produzida e pronta o que você faz para conseguir outra tão boa? Pode esperar dias, semanas ou anos. E talvez a vida inteira. E isso me lembra que não importa o quanto você quer alguma coisa. Existem coisas que jamais estarão nas nossas mãos. Assim como um por-do-sol fascinante te escolhe, algumas coisas na vida, escolhem acontecer ou não para nós. E quando você pensa que já teve o mais belo dos poentes... Alguém sempre te apresenta algum muito melhor! Que vai te fascinar ainda mais.

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