terça-feira, 17 de março de 2009

24 Horas sem você

Hoje o dia insistiu em não amanhecer;
Os relógios andaram tão devagar.
Havia tempo para qualquer coisa fazer;
Mas não havia razão de se empenhar.

O chão da casa não preciso limpar;
Pois seus olhos não vão ve-lo a brilhar.
Para que arranjar lugar para o que ficou;
Se não me importa mais o que restou?

E quando a noite caiu por traz dos montes;
Fiquei atento aos ruídos que não mais ouvi.
Ninguém caminhou nas pedras como antes;
E esperei tua chave à porta que não abri.

Na pia a louça suja me faz sentir-lhe a presença;
O que outrora achava feia, me faz te sentir na veia.
A dor é muito maior que seria uma doença;
Pois não há mais razão de servir-lhe a ceia.

De volta ao que outrora foi um ninho de amor;
Me deito no que é somente um leito de dor.
De onde quase não saí;
De onde senti que morri.

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